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Imprudência lidera as causas de acidentes em rodovias catarinenses

Estradas movimentadas, principal rota de transporte de mercadorias e motoristas embriagados. O resultado é um elevado número de acidentes com mortes. O Atlas da Acidentabilidade, divulgado ontem em Santa Catarina, coloca as rodovias catarinenses em terceiro em total de acidentes, atrás de MG e PR, e em quarto nos casos envolvendo caminhões.

 A Polícia Rodoviária Federal (PRF) contabilizou, em 2013, 18.985 colisões em SC. Em 80% delas, 15.258, houve algum tipo de negligência. O Estado fica em quinto lugar no ranking nacional de mortes – 505 só no ano passado. E os acidentes mais letais ocorrem por excesso de velocidade, seguido de ultrapassagens indevidas e embriaguez.

Nesse cenário, a Polícia Rodoviária Federal alerta: caminhoneiros estão trocando rebites (usados para combater o sono) pela cocaína, muitas vezes aliada ao álcool.

— Há um número assustador de caminhões circulando em nossas rodovias, parte da rota RS e SP. Temos os conhecidos como verdureiros, com cargas de alta perecibilidade. O motorista tem que fazer viagens curtas e com mais frequência – sugere o inspetor da PRF-SC, Luiz Graziano.

Nicolau de Almeida, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários da Grande Florianópolis (Sintracargas), diz que o excesso de jornada e a pressão por produção são os principais fatores para o uso de substancias ilícitas. Autônomos, que precisam entregar carga para receber, trabalham 18 horas seguidas, dormem quatro e dirigem por mais 16 horas.

— No laudo consta que o motorista 'dormiu ao volante', mas eles usam drogas sim. Quando sabemos, denunciamos ao Ministério Público do Trabalho — afirma.

Pesquisa avalia condições da malha viária

A 18ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias 2014 avaliou 98.475 quilômetros, que correspondem a toda a malha federal pavimentada e aos principais trechos estaduais do Brasil, os mais relevantes para o transporte de cargas e de passageiros.

Em Santa Catarina, 1.858 foram classificados de regular a péssimo. Segundo o estudo, as avaliações regular, ruim ou péssimo são baseadas em buracos, trincas, afundamentos, ondulações, entre outros problemas. Os 1.255 quilômetros restantes foram avaliados entre ótimo e bom.

Entre os 20 pontos críticos encontrados, foram destacadas nas rodovias catarinenses nove erosões na pista; 10 quedas de barreira e uma ponte caída.

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