Nove pessoas foram atropeladas na noite de domingo em uma pizzaria no bairro Córrego Grande, em Florianópolis. O condutor do veículo, identificado como Alexandre Livramento Silveira, de 28 anos, sofreria de esquizofrenia e há possibilidade de que estivesse sofrendo uma crise no momento do acidente. As vítimas tiveram ferimentos leves.

 De acordo com o delegado Cleber Tapi Serrano, que investiga o caso, os pais de Silveira entregaram um laudo à polícia que indica que ele já esteve internado na Colônia Penal Agrícola por causa da doença. Silveira assinou um termo circunstanciado por lesão corporal culposa e foi liberado. O delegado Serrano pediu à Justiça um exame adicional de insanidade mental para avaliar quais serão os próximos passos da investigação.

— Representei na Justiça um pedido de averiguação de insanidade mental. Enquanto isso, vamos verificar o grau das lesões das vítimas, se houve dolo e se ele realmente foi agredido ainda dentro do carro — explicou o delegado Serrano.

Segundo Manoel Correa, dono do Bar e Pizzaria do Maneco, onde aconteceu o acidente, Silveira entrou com o carro no pátio do bar por volta das 20h de domingo, quando cerca de 100 pessoas estavam no local. De acordo com testemunhas, ele teria se desentendido com um dos músicos de uma banda de pagode, chegando a acertar-lhe um tapa. Clientes teriam levado Silveira para casa e, logo em seguida, ele teria voltado com um carro e investido contra as pessoas. Quatro feridos chegaram a ser encaminhados para o Hospital Universitário (HU).

Ao tentar dar marcha ré, Silveira teria sido agredido por alguns clientes. Ele foi levado ao HU antes de prestar depoimento na 5ª DP.

Motorista não estaria embriagado

A acusação que pende sobre Silveira também é mais branda porque tanto o exame de alcoolemia, quanto o exame clínico, feito logo após o ocorrido, não indicaram a presença de álcool no sangue do condutor.

— Se ele estivesse bêbado, a situação seria outra. Ele poderia ser indiciado por tentativa de homicídio, mas como não estava e há a suspeita de uma patologia, ele pode ser penalizado por lesão corporal culposa — disse o delegado Cleber.

Segundo testemunhas que estavam no bar, Silveira estava no local desde às 15h e teria ingerido bebida alcoólica.